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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Artigo 3 - Quais são os Meios Particulares da Graça?



Os Meios da Graça
A Maneira de Crescer na Vida Cristã
(Uma adaptação da Obra de Earl Blackburn)

Quais os meios particulares da graça?
l.  O  primeiro  destes  é  a  leitura  da  Palavra de Deus.
Deus nos deu um livro através do qual Ele fala conosco. Ele não mais se comunica com os homens utilizando sua voz audível, como o fazia no passado. Agora Deus fala através de seu Filho (Hb 1.1-4), que nos transmite sua palavra por meio das Sagradas Escrituras, a Bíblia. Nas páginas das Escrituras, Ele manifesta sua voz, capaz de despertar os mortos, outorgando-lhes vida.
A Bíblia foi escrita por homens santos, enquanto Deus os inspi- rava e guiava, por intermédio do Espírito Santo. É o perfeito tesouro de instruções e conhecimento celestiais. Deus é o autor da Bíblia, a salva- ção é o seu objetivo, e a verdade sem qualquer erro é o seu conteúdo. Ela nos ensina, principalmente, o que precisamos crer a respeito de Deus e quais os deveres que Ele exige de nós. A Bíblia revela os princípios pelos quais Ele nos julgará e demonstra o supremo padrão pelo qual devem ser averiguados todos os comportamentos, credos e opiniões dos homens. Por isso, J. C. Ryle escreveu:

Separe uma parte de cada dia para ler e meditar alguma porção da Palavra de Deus. O pão de ontem não alimentará o trabalhador de hoje; tampouco o pão de hoje nutrirá o trabalhador de amanhã. Recolha seu maná a cada manhã. Escolha a ocasião e a hora adequados. Não cochile ou se apresse enquanto lê. Dê à sua Bíblia o melhor e não o pior de seu tempo. Leia toda a Bíblia, fazendo-o de maneira sistemática. Receio que existem várias partes da Palavra de Deus que alguns crentes nunca lêem. Dessa atitude resulta a falta de amplos e bem equilibrados pontos de vista a respeito da verdade, uma falta tão comum em nossos dias. Creio que um bom plano é ler o Antigo e o Novo Testamento ao mesmo tempo, do começo até ao fim; e, depois, fazê-lo novamente. Leia a Bíblia com um espírito de obediência e auto-aplicação. Assente-se para estudá-la com a determinação de que você viverá pelas suas regras, confiará em suas afirmativas e se comportará de acordo com seus mandamentos. A Bíblia mais lida é aquela mais praticada.

Ela é o instrumento pelo qual Deus fala ao seu povo. Enquanto lêem a Bíblia, Deus abençoa e fortalece os crentes com tudo que necessitam para seu viver diário.

II. O segundo meio particular da graça é a ORAÇÃO.
O que significa oração? É um dos meios pelos quais o crente cultiva um vivificante relacionamento com o Deus vivo. A oração é indispensável na devoção pessoal. Envolve conversar e ter comunhão com Deus. Nesta comunhão, apresentamos a Deus nossos desejos íntimos. A oração assemelha-se a conversar com Deus "face a face”. O Antigo Testamento apresenta numerosos exemplos: Gênesis l8.2S, ss.; Êxodo 5.22, 6.l,l0,l2,28-S0; Deuteronômio S.2S-26; Salmo 27.8. O Novo Testamento apresenta um sumário da oração em Atos 13.1-2.
Pedir a Deus as boas coisas que Ele tem prometido aos seus filhos é uma parte vital da oração (Mt. 7.7,ll; Lc ll.5-lS; Cl l.9-l2; Tg l.5-6). De acordo com Filipenses 4.6-7, a oração é uma chave para que o crente experimente a paz de Deus. Ela é também um meio que facilita a nossa rendição à vontade de Deus (ver o exemplo do Senhor Jesus em Mateus 26.S9,42,44).

A oração é um dos meios pelos quais o crente cultiva um vivificante relacionamento com o Deus vivo.

Existem várias partes na oração. Ela pode incluir um ou mais destes aspectos: adoração e louvor, ação de graças, confissão de pecados, súplica, intercessão e entrega de nós mesmos a Deus.
De acordo com Efésios 6.l8 e Judas 20, a oração deve ser feita no Espírito. O Espírito Santo é Aquele que ajuda o crente a orar. Ele testifica ao espírito do crente que ele é filho de Deus, levando-o a clamar: "Aba, Pai” (Rm 8.l5; Gl 4.6). O Espírito Santo impulsiona o crente a orar, trazendo à sua mente as palavras e promessas de Jesus. Ele também inflama nossos corações em benefício dos outros (Rm l0.l; cf. 9.l-2). Portanto, quando você não sentir desejo de orar, peça ao Espírito Santo que o ajude a envolver-se na oração.
Cristo ofereceu ao seu povo um modelo para ajudá-los na oração. Em geral, tem sido chamada de "Oração do Pai Nosso” e se encontra em Mateus 6.9-lS e Lucas ll.l-4. Este modelo de oração não foi dado com o propósito de ser repetido, como um ritual, quer em particular, quer em público. Recitar esta oração não remove nossa obrigação de orar. Cristo a ensinou para que os crentes saibam como orar adequadamente. Há seis petições nesta oração: as três primeiras estão relacionadas às prioridades de Deus, as três últimas vinculam-se às nossas necessidades. Nesta oração-modelo, o Senhor Jesus nos ensina que, antes de suplicar por nossas necessidades, temos de orar pelas prioridades divinas.

III. O terceiro meio particular da graça é a MEDITAÇÃO.
Após o crente ter vindo à presença de Deus, através da leitura da Bíblia e pela oração, ele se alimenta do que já recebeu por meio da meditação. Thomas Watson, um dos Puritanos, disse: "A meditação é semelhante ao regar uma planta, fas aparecer os frutos da graça”.
A meditação é para nossa alma o que a digestão é para o corpo. C. H. Spurgeon apresentou uma excelente instrução, ao declarar: "Nossos corpos não sustentam-se apenas por ingerir o alimento através da boca; mas o processo de digestão resulta em músculos, nervos, tendões e ossos. Por meio da digestão, o alimento exterior é assimilado pela vida interior. O mesmo acontece às nossas almas: elas são nutridas não apenas por aquilo que ouvem aqui e acolá. Ler, ouvir, observar e aprender tudo exige uma digestão interior; e a digestão interior da verdade ocorre através de meditarmos nela”.


"A meditação é semelhante ao regar uma planta, faz aparecer os frutos da graça”.

A atitude do salmista Davi foi: "Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito. Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra” (Sl ll9.l5-l6). Setecentos anos antes de Cristo nascer, Davi já sabia o valor da meditação.

Continua...

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