Rev. Hernandes Dias Lopes
A batalha
mais árdua contra o pecado é travada no campo do pensamento. A área mais
difícil a ser controlada é o pensamento. É o pensamento íntimo, secreto, que
denúncia a nossa mais aguda pecaminosidade. O apóstolo Paulo diz que a cobiça,
alojada no recôndito do coração, no escrínio (cofre) da mente é que revela
nossa terrível pecaminosidade (Rm. 7:7). É possível uma pessoa representar uma
vida pura diante dos homens e viver na mais repugnante impureza aos olhos de
Deus, como sepulcros caiados, que por fora se mostram belos, mas por dentro são
cheios de imundícia (Mt. 23:27). Deus sonda os nossos pensamentos (Sl. 139: 2).
Ele diagnostica o nosso íntimo. Jesus disse que é do coração que procedem os
maus desígnios (Mt. 15:19). É das regiões profundas do nosso ser que eclodem os
pecados mais hediondos.
A Bíblia diz
que o pensamento impuro é tão pecaminoso quanto o ato impuro. Segundo Jesus, o
olhar lascivo é como o ato de adultério (Mt. 5:18). Conforme o ensino do
apóstolo João, o sentimento íntimo e secreto é como o assassinato (1 Jo. 3:15).
Por isso, Deus vai julgar os segredos do coração do homem (Rm. 2:16; 1 Co.
4:5). Aquilo que guardamos com cuidado no porão da nossa mente e no sacrário
(tabernáculo) dos nossos pensamentos será trazido a plena luz.
Devemos como
filhos de Deus, atentar para as advertências solenes quanto à santidade do
pensamento. Devemos levar todos os nossos pensamentos cativos à obediência de
Cristo (2 Co. 10:5). Nosso meditar deve ser agradável na presença de Deus (Sl.
19:14). Devemos ocupar nosso pensamento com tudo o que é verdadeiro,
respeitável, justo, amável e de boa fama (Fp. 4:8). Devemos buscar uma
transformação profunda da nossa vida através da renovação de nossa mente (Rm.
12:2).
Nossos
pensamentos regem nosso comportamento e o nosso comportamento determina os
nossos pensamentos. Na verdade, somos o que pensamos. Diz a Bíblia: “assim
como o homem pensa no seu coração, assim é ele”(Pv. 23:7). Devemos ter,
portanto, uma mente pura, uma consciência pura e uma vida íntima íntegra, pois
só assim viveremos sem máscaras e
desfrutaremos de verdadeira paz. Só assim veremos a Deus, porque só os puros de
coração verão (Mt. 5:8). Devemos ter a mente de Cristo (1 Co. 2:16) e pensar
nas coisas do alto.