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quarta-feira, 25 de julho de 2012

O QUE É A IGREJA?



Rev. Augustus Nicodemus Lopes

A Igreja de Deus existe e está presente no mundo. O Senhor Jesus falou dela, quando disse aos discípulos que “edificaria Sua igreja” (Mateus 16.13-20). Os Reformadores se preocuparam em entender e definir a Igreja. Essa preocupação se encontra refletida nas confissões de fé adotada pelas Igrejas após a Reforma protestante. Podemos definir a Igreja como sendo a comunhão de todos os que foram chamados por Deus, mediante a Sua Palavra, e que recebem a Cristo como Salvador e Senhor, que conhecem e adoram a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em verdade, e que participam pela fé dos benefícios gratuitos oferecidos por Cristo. A Igreja é una, ou seja, só existe uma. Ao mesmo tempo, ela é universal, está espalhada pelo mundo todo, e têm pessoas de todas as tribos, povos, e raças (Apocalipse 7.9-10). Isto não quer dizer que a Igreja é do tamanho do mundo. Existe uma diferença radical entre a Igreja e o mundo. A Igreja está no mundo, mas não é dele. A Igreja de Deus sempre existiu e sempre existirá. Deus sempre teve e terá um povo para Si, para o adorar em espírito e em verdade.
A Igreja de Deus, porém, atravessou duas fases históricas distintas. No período antes de Cristo ela estava em geral resumida à nação de Israel, e funcionava com rituais, símbolos e ordenanças determinadas por Deus, como figuras e tipos de Cristo. Com a vinda de Cristo, estas cerimônias foram abolidas, e agora adoramos a Deus de forma mais simples. Porém, é a mesma Igreja no Velho e no Novo Testamentos. Antes de Cristo, os crentes do Antigo Testamento se salvaram pela fé no Messias que haveria de vir. Depois de Cristo, somos salvos pela fé no Messias que já veio.
A Igreja de Deus, mesmo sendo una e indivisível, existe agora em duas partes. A Igreja militante, composta dos crentes vivos neste mundo, que ainda estão lutando contra a carne, o pecado, o mundo e Satanás. E a Igreja triunfante, composta daqueles fiéis que, tendo vencido a luta, já partiram deste mundo, e hoje desfrutam do triunfo na presença de Deus (Hebreus 12.22-23). Estas duas partes da Igreja de Deus se unirão na Vinda do Senhor Jesus, quando houver a ressurreição dos mortos, e nosso encontro com o Senhor, para com Ele ficarmos para sempre, e com nossos irmãos de todas as épocas e de todas as partes do mundo (1 Tessalonicenses 4.16-18).
A Igreja militante se expressa aqui neste mundo por meio de igrejas particulares. São a organização e estruturação local dos fiéis que se reúnem num mesmo lugar regularmente, para cultuar a Deus, serem instruídos em Sua Palavra e celebrar os sacramentos. As igrejas organizadas têm membros a elas afiliados, direção e liderança espiritual e administrativa, promovem cultos de adoração, celebram os sacramentos, anunciam o Evangelho e praticam boas obras.
Elas têm um aspecto estrutural e organizacional, mas jamais devem ser consideradas como um clube ou uma empresa. Estas igrejas locais podem ser mais ou menos puras, dependendo de quão pura é a pregação do Evangelho que ocorre ali, a celebração correta dos sacramentos e o exercício da disciplina entre seus membros.
É tarefa de cada igreja particular reformar-se continuamente à luz da Palavra de Deus, procurando cada vez mais se aproximar do ideal bíblico. São os princípios que são imutáveis, não as formas organizacionais e externas. Deve manter comunhão com igrejas evangélicas irmãs — afinal, ela não é única neste mundo! Deve zelar pela pureza da pregação, da celebração dos sacramentos e pela vida espiritual e moral de seus membros. Que Deus nos dê graça para podermos fazer tudo isto!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A DECISÃO DE SERVIR A DEUS NA FAMÍLIA


Rev. Hernandes Dias Lopes

Sua família é o maior patrimônio que você possui. Bens, diplomas e sucesso  profissional perdem o significado para você sem a felicidade de sua família. Na verdade, nenhum sucesso compensa o fracasso da sua família. Não podemos construir nossa felicidade sobre os escombros da nossa família. Não é prudente alçarmos vôos solitários, fazendo carreira solo, deixando a família para trás. Não é coerente ser uma pessoa acessível para os estranhos e incomunicável dentro de casa. Não é racional sermos amáveis com os estranhos e truculentos dentro do lar. Não é consistente sermos piedosos na igreja e profanos no recesso da família. Nossa família precisa estar a serviço de Deus dentro e fora dos portões. 
Há muitas famílias doentes e feridas. Há muitas famílias precisando de cura e restauração. Deus ama a família, pois a instituiu. Deus não abre mão da família, pois esta é uma agência do seu Reino na terra. Josué, o grande líder que substituiu Moisés e introduziu o povo de Israel na terra da promessa, deu testemunho diante de toda a nação que ele e sua casa serviriam ao Senhor (Js 24.15). A essas alturas, Josué tinha prestígio e bens, sucesso e fama, mas nenhuma conquista pessoal diminuiu seu propósito de consagrar sua família a Deus. Corremos o risco de priorizarmos outras coisas na família. Buscamos a prosperidade financeira. Cobiçamos o sucesso profissional. Investimos na formação intelectual dos nossos filhos. Disputamos o nosso lugar ao sol. Embora, essas bandeiras sejam legítimas, nada disso nos aproveitará se descuidarmos do principal, que é colocar nossa família no altar de Deus para o servirmos com alegria e fervor. De que maneira nós podemos servir a Deus na família? 
1. Podemos servir a Deus na família através de relacionamentos orientados pelas Escrituras – Não podemos servir a Deus, sendo uma bênção para o mundo se não somos um exemplo dentro de casa. O que somos no lar é o que refletimos no mundo. A nossa vida familiar é o alicerce do nosso testemunho para fora dos portões. Uma família onde o marido agride a esposa com palavras e atitudes; uma família onde a esposa não se submete ao marido, antes o trata com desprezo. Uma família onde os pais provocam os filhos à ira e os tratam com amargura, deixando-os desanimados. Uma família onde os filhos desonram os pais e rejeitam seu ensino e exemplo não pode servir a Deus nem ser luz para outras famílias. Precisamos de famílias que vivam em harmonia, que cultivem relacionamentos saudáveis, que andem segundo as balizas da própria Palavra de Deus. 
2. Podemos servir a Deus na família através do abandono de práticas que desonram ao Senhor – O povo de Israel ao entrar na terra prometida começou a se esquecer de Deus, a murmurar contra Deus e a imitar o culto dos povos pagãos. Entregaram-se à imoralidade e à idolatria. Capitularam-se a várias práticas pecaminosas e fizeram alianças perigosas que acabaram destruindo a própria nação. O pecado é sorrateiro e sutil. O diabo é um estelionatário e o pecado é uma fraude. O pecado parece inofensivo e aparentemente apetitoso. Mas, aqueles que se rendem a ele, acabam prisioneiros e atados com grossas correntes. Uma família feliz é aquela que busca a santificação. Que lança fora de sua casa aquilo que é abominável ao Senhor. Que não põe diante dos seus olhos coisa imunda. Que não introduz dentro de sua casa bens mal adquiridos. Que não transforma o lar num ambiente de intriga, discussões amargas e maledicências sem fim. A família feliz ama a Deus e odeia o pecado. A família bem-aventurada abandona toda forma de mal e busca ansiosamente as coisas lá do alto, onde Cristo vive. 
3. Podemos servir a Deus na família através da renovação de propósitos elevados que glorificam ao Senhor – Precisamos constantemente rever nossos conceitos e valores e ter coragem de mudar, buscando sempre re-alinhar nossa vida aos princípios da Palavra de Deus. Devemos restabelecer na família a prática do culto doméstico. Devemos manter sempre acesa no altar da família a chama da oração. Precisamos amar a Casa de Deus, tendo prazer de buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça. Devemos restabelecer no lar a prática do diálogo regado de compreensão e amor.Precisamos ser cautelosos nas críticas e, pródigos nos elogios. Precisamos ter disposição para perdoar e jamais guardar mágoas no coração. Precisamos investir mais e cobrar menos. Precisamos fazer da nossa casa o melhor ambiente para se viver. Precisamos, à semelhança de Josué dizer: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).

sexta-feira, 20 de julho de 2012

PERDOAR É LEMBRAR SEM SENTIR DOR



Rev. Hernandes Dias Lopes

A Bíblia diz que Deus perdoa os nossos pecados e deles não mais se lembra. Diz ainda, que devemos perdoar assim como Deus em Cristo nos perdoou. O que significa perdoar e não mais se lembrar? Significa, porventura, amnésia? Absolutamente não! Deus não tem amnésia. Deus sabe tudo e jamais fato algum é apagado da sua memória. Mas, então, o que a Bíblia quer dizer que Deus perdoa e esquece? Significa que Deus nunca mais cobra outra vez aquilo que ele perdoou. Deus nunca mais lança em nosso rosto aquilo que confessamos e abandonamos. Assim, também, quando a Bíblia diz que devemos perdoar como Deus e esquecer, não significa que os fatos que nos machucaram serão apagados da nossa memória. Isso é impossível e nem mesmo depende de nós. As coisas vêm à nossa memória querendo nós ou não. Perdoar e esquecer significa lembrar sem sentir dor; significa nunca mais cobrar da pessoa perdoada a mesma dívida.
O perdão é uma necessidade fundamental da vida. É impossível ter uma vida saudável emocional, física e espiritualmente sem o exercício do perdão. Quem não  perdoa não pode orar. Quem não perdoa não pode trazer sua oferta ao altar. Quem não perdoa não pode ser perdoado. Quem não perdoa adoece fisicamente. Quem não perdoa é entregue aos verdugos e flageladores da consciência. O perdão é até  mesmo uma questão de bom senso. Quando guardamos mágoa de alguém, acabamos  nos tornando prisioneiros dessa pessoa. Ela nos escraviza e nos mantém em cativeiro. Quando nutrimos mágoa de alguém, esse alguém nos perturba continuamente. Se vamos nos assentar para tomar uma refeição, essa pessoa tira o nosso apetite. Se vamos sair de férias, essa pessoa pega carona conosco. Perdoar é a única maneira de quebrar essas correntes e ficarmos livres.
O perdão deve ser ilimitado. Jesus nos ensina a perdoar até setenta vezes sete. Essa cifra não é literal. Ela aponta setenta vezes o número sete, o número da perfeição. O perdão é ilimitado, pois é dessa forma que Deus nos perdoa. Jesus deixou esse fato claro na sua parábola do credor incompassivo. Aquele servo que recebeu um perdão de dez mil talentos não perdoou seu conservo de uma pequena dívida de cem denários. Dez mil talentos é seiscentas mil vezes mais que cem denários. Aquele que havia recebido um perdão seiscentas mil vezes maior negou-se a perdoar alguém que lhe devia uma dívida seiscentas mil vezes menor. O rei, então, lhe entregou aos verdugos até que ele “pagasse” a dívida impagável. Um homem precisaria trabalhar cento e cinqüenta mil anos para adquirir dez mil talentos recebendo o salário de um denário por dia. A nossa dívida com Deus é impagável. Por isso, o perdão de Deus é ilimitado. E Jesus foi enfático em afirmar que se não perdoarmos, não seremos perdoados: “Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” (Mt 18.35).
O perdão é o caminho da cura das feridas. É a ponte de reconciliação das relações quebradas. O perdão é o remédio divino para os relacionamentos enfermos. O perdão é o bálsamo do céu para aqueles que andam machucados e feridos pela mágoa. Hoje é tempo de perdoar. Hoje é tempo de pedir perdão. Hoje é tempo de restaurar relacionamentos dentro da nossa casa e da igreja, a fim de vivermos uma vida plena, maiúscula e abundante.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

NÃO QUERO MAIS SER EVANGÉLICO!



Pr. Ariovaldo Ramos


"Irmãos, uni-vos! Pastores evangélicos criam sindicato e cobram direitos trabalhistas das Igrejas". Esse, o título da matéria, chocante, publicada pela revista Veja de 9 de junho de 1999 anunciando formação do "Sindicato dos Pastores Evangélicos no Brasil".
Foi a gota d'água! Ao ler a matéria acima finalmente me dei conta de que o termo "evangélico" perdeu, por completo, seu conteúdo original. Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa mais ser praticante e pregador do Evangelho (Boas Novas) de Jesus Cristo, mas, a condição de membro de um segmento do Cristianismo, com cada vez menor relacionamento histórico com a Reforma Protestante - o segmento mais complicado, controverso, dividido e contraditório do Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico, então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco de ser grosseiro.
Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou. Voltemos a ser adoradores do Pai porque, segundo Jesus, são estes os que o Pai procura e, não, por mão de obra especializada ou por "profissionais da fé". Voltemos à consciência de que o Caminho, a Verdade e a Vida é uma Pessoa e não um corpo de doutrinas e/ou tradições, nascidas da tentativa de dissecarmos Deus; de que, estar no caminho, conhecer a verdade e desfrutar a vida é relacionar-se intensamente com essa Pessoa: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Filho do Deus vivo. Quero os dogmas que nascem desse encontro: uma leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo e não uma leitura bibliólatra. Não quero a espiritualidade que se sustenta em prodígios, no mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no caráter.
Chega dessa "diabose"! Voltemos à graça, à centralidade da cruz, onde tudo foi consumado. Voltemos à consciência de que fomos achados por Ele, que começou em cada filho Seu algo que vai completar: voltemos às orações e jejuns, não como fruto de obrigação ou moeda de troca, mas, como namoro apaixonado com o Ser amado da alma resgatada.
Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos: voltemos aos irmãos, não como membros de um sindicato, de um clube, ou de uma sociedade anônima, mas, como membros do corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles como as crianças relacionam-se com os que as alimentam - em profundo amor e senso de dependência: quero voltar a ser guardião de meu irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede, alimenta na fome, que reparte, que não usa o pronome "meu", mas, o pronome "nosso".
Para que os títulos: "pastor", "reverendo", "bispo", "apóstolo", o que eles significam, se todos são sacerdotes? Quero voltar a ser leigo! Para que o clericalismo? Voltemos, ao sermos servos uns dos outros aos dons do corpo que correm soltos e dão o tom litúrgico da reunião dos santos; ao, "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá estarei" de Mateus 18.20. Que o culto seja do povo e não dos dirigentes - chega de show! Voltemos aos presbíteros e diáconos, não como títulos, mas, como função: os que, sob unção da igreja local, cuidam da ministração da Palavra, da vida de oração da comunidade e para que ninguém tenha necessidade, seja material, espiritual ou social. Chega de ministérios megalômanos onde o povo de Deus é mão de obra ou massa de manobra!
Para que os templos, o institucionalismo, o denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos ao "instruí-vos uns aos outros" (Cl 3. 16).
Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo não nos ordenou a sermos uma Igreja que cresce, mas, uma Igreja que aparece: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. "(Mt 5.16). Vamos anunciar com nossa vida, serviço e palavras "todo o Evangelho ao homem... a todos os homens". Deixemos o crescimento para o Espírito Santo que "acrescenta dia a dia os que haverão de ser salvos", sem adulterar a mensagem.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

LEI E GRAÇA



Pr. Ariovaldo Ramos*

Toda mensagem de Deus, que chega até nós, chega em forma de Lei. Porque Deus não pede, manda.
Toda a Lei de Deus tem de ser cumprida. Porque Deus fala para ser obedecido.
Ninguém, entretanto, tem condição de cumprir a Lei de Deus. Porque nada podemos fazer por nós mesmos. Não há suficiente força em nós.
Logo, toda Palavra de Deus revela a nossa impotência. Toda a impotência reconhecida revela nossa necessidade. Toda a necessidade assumida revela a nossa dependência. Toda a dependência nos humilha.

Bem aventurados os humildes!

Ter consciência de sua humildade não é necessariamente estar em situação humilhante. A criança recém nascida se humilha diante do seio da mãe, mas, em hipótese alguma está em situação humilhante. Pelo contrário, o seio da mãe a dignifica.
Assim a Lei de Deus nos humilha para que a Graça de Deus nos exalte.
Deus, através de sua Lei nos coloca de joelhos para que, por meio de sua Graça, nos coloque de pé.
A Lei está para a Graça, assim como a Graça está para a Lei.

*Pr. Ariovaldo Ramos é filósofo e teólogo, além de diretor acadêmico da Faculdade Latino-americana de Teologia Integral, missionário da Sepal e presidente da Visão Mundial. Texto retirado do site: www.sepal.org.br

terça-feira, 17 de julho de 2012

A QUEBRA DE MALDIÇÕES É BÍBLICA?




Uma das tendências do movimento de "Batalha Espiritual" é adicionar à obra de Cristo uma complementação feita por peritos em maldições. É ensinada claramente a necessidade de se quebrar as maldições hereditárias e de se anular compromissos que ficaram pendentes com o diabo, mesmo após a pessoa ter sido convertida a Cristo. Ensina-se que herdamos as maldições que acompanharam nossos antepassados, por causa de seus pecados e pactos demoníacos, e que precisamos anulá-las.

Êxodo 20 e Ezequiel 18
Geralmente o texto usado para defender este ponto é Êxodo 20.5, em que Deus ameaça visitar a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração dos que o aborrecem. Entretanto, ensinar que Deus faz cair sobre os filhos as conseqüências dos pecados dos pais, é só metade da verdade revelada.
A Escritura nos diz igualmente que se um filho de pai idólatra e adúltero vir as obras más de seu pai, temer a Deus e andar em seus caminhos, nada do que o pai fez virá a cair so­bre ele. A conversão e o arrependimento individuais "quebram", na existência das pessoas, a "maldição hereditária" (um efeito somente possível por causa da obra de Cristo). Este foi o ponto enfatizado pelo profeta Ezequiel em sua pregação ao povo de Israel da época (leia cuidadosamente Ezequiel 18 ). A nação de Israel havia sido levada em cativeiro para a Babilônia, e os judeus cativos se queixavam de Deus dizendo "Os pais come­ram uvas verdes e os dentes dos filhos é que se embotaram...” (Ez 18.2b) - ou seja, "nossos pais pecaram, e nós é que sofre­mos as conseqüências". Eles estavam transferindo para seus pais a responsabilidade pelo castigo divino que lhes sobreveio, que foi o desterro para a terra dos caldeus. Achavam que era injusto que estivessem pagando pelo pecado de idolatria dos seus pais. Usavam um provérbio da época, que nos nossos dias seria mais ou menos assim: "Nossos pais comeram a feijoada, mas nós é que tivemos a dor de barriga...”.
Através do profeta Ezequiel, Deus os repreendeu, afir­mando que a responsabilidade moral é pessoal e individual di­ante dele: "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai... " (Ez 18.4b, 20). E que pela conversão e por uma vida reta, o indivíduo está livre da "maldição" dos pecados de seus antepassados (ver 18.14-19). Esta passagem é muito importante, pois nos mostra de que maneira o próprio Deus interpreta (através de Ezequiel) o significado de Êxodo 20.5. Ou seja, o segundo mandamento prevê a visitação do juízo divino sobre os descendentes de homens ímpios, descen­dentes estes que aborrecem a Deus como seus pais. Várias passagens no próprio Pentateuco deixam claro que a retribui­ção divina sobre os filhos dos que aborrecem a Deus é desconti­nuada a partir do momento em que estes filhos se arrependem de seus próprios pecados, e os confessam a Deus, confessando igualmente os pecados de seus pais, como Levítico 26.39-42.
Encontramos a mesma idéia em Nm. 14.13-34. Nesta passagem vemos claramente como a misericórdia e a longanimidade de Deus atuam em conjunto com sua justa ira contra os rebeldes e pecadores. Após a revolta do povo de Israel contra Deus, inflamados pelo relato desanimador dos dez espias incrédulos, o Senhor Deus condenou aquela geração incrédula a perecer no deserto. Seus filhos haveriam de levar sobre si as infidelidades de seus pais, até que estes morressem (v.33), após o que, os filhos entrariam na terra (v. 31). Aplicando aos nossos dias, fica evidente que o crente verdadeiro já rompeu com seu passado e com as implicações espirituais dos pecados dos seus antepassados, quando, arrependido, veio a Cristo em fé.

*Artigo do rev. Augustus Nicodemus Lopes, pastor presbiteriano. Retirado do site: www.sepal.org.br

ESCALA DO MÊS



IGREJA DE CRISTO NO BRASIL
Campina Grande-PB
Rua: Josebias Vieira de Farias, nº 401 - Conjunto Cinza

ESCALA DE ATIVIDADES DA CONGREGAÇÃO
Mês: Setembro/2012


SEMANA (02/09 à 08/09)
Cultos
Terça
(04/09)
Quinta
(06/09)
Domingo
 Culto da União Feminina
(09/09)
Direção
Diac. Joselito
Ir. Socorro (Cinza)


União Feminina
(Ir. Cida)

Louvor
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministração
Pr. Eduardo
Ir. Vanessa


SEMANA (09/09 à 15/09)
Cultos
Terça
(11/09)
Quinta
(13/09)
Domingo
 Culto de Missões
(16/09)
Direção
Ir. Eudilene
Intercâmbio com a Igreja Congregacional do Rocha Cavalcante

Departamento de Missões
(Diác. Joselito)
Louvor
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministração
Pr. Eduardo



SEMANA (16/09 à 22/09)
Cultos
Terça
(18/09)
Quinta
(20/09)
Domingo
 Culto do Dep. da Mocidade
(23/09)
Direção
Ir. Carol

Assembléia Geral Extraordinária

Departamento de Mocidade
(Ir. Ana e Pr. Eduardo)
Louvor
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministração
Pr. Eduardo

  

SEMANA (23/09 à 29/09)
Cultos
Terça
(25/09)
Quinta
(26/09)
Domingo
 Culto de Louvor e Adoração
(30/09)
Direção
Ir. Eliane
Diác. Joselito


Responsável: Pr. Eduardo
Louvor
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministração
Pr. Eduardo
Ir. Ramalho




SEMANA DE ORAÇÃO (30/09 à 06/10)
Cultos
Segunda
(01/10)
Terça
(02/10)
Quarta
(03/10)
Quinta
(04/10)
Sexta
(05/10)
Sábado
(06/10)
Domingo
 Ceia do Senhor
(07/10)
Direção
Ir. Eudilene
Ir. Eliane
Diac. Joselito
Ir. Ricardo
Ir. Socorro

Louvorzão

 “Cristo Liberta”
União de Homens
Louvor
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministério de Louvor e oportunidades
Ministração
Ir. Ramalho
Pr. Eduardo
  Ir. Vanessa
Pr. Eduardo
Ir. Cida (Cinza)
Pr. Eduardo



Atenciosamente,

Pr. EDUARDO CAVALCANTI DOS SANTOS
Dirigente da Congregação do bairro Cinza da Igreja de Cristo no Brasil

CULTOS E PROGRAMAÇÕES DA SEMANA




 - TERÇA-FEIRA
   CULTO DE DOUTRINA
   HORÁRIO: 19:30 às 21:00h

- QUARTA-FEIRA
   CÍRCULO DE ORAÇÃO
   MANHÃ: 09:00 às 10:30h                   

   TARDE: 15:00 às 17:00h

- QUINTA-FEIRA
  CULTO DE ORAÇÃO
  HORÁRIO: 19:30 às 21:00h

- SÁBADO
  COMUNIDADE DOS SANTOS (REUNIÃO DOS JOVENS)
  HORÁRIO: 20:00 às 21:00h
  
- DOMINGO
  ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
  MANHÃ: 09:00 às 11:00h

  CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO
  NOITE: 18:00 às 20:00h

quarta-feira, 11 de julho de 2012

ESCOLA BÍBLICA DE FÉRIAS


TEMA: "Obedecer é melhor do que sacrificar" (1Sm 15.22)


Chegou ao fim a nossa Escola Bíblica de Férias/2012.
Coroada de sucesso, cremos que nossas crianças foram edificadas nos caminhos do Senhor e que ficou aquele gostinho de "quero mais"...
Até 2013, se Deus assim quiser!















  



















Quem somos

Você está visitando o Blog da igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande-PB. Nosso alvo é agradar a Deus e servi-lo conforme a sã doutrina encontrada no Novo Testamento (Mt 16.18; Rm 12.12; 16.16; Cl 1.18; 2Tm 2.2).

Convidamo-lo para que faça parte desse Corpo de Cristo, a unir-se conosco nesta fraternidade universal, pela verdade e pela sã doutrina (Tt 2.1; 2Tm 1.13).

Se você quiser conhecer de perto a Igreja de Cristo no Brasil, visite nosso templo ou entre em contato conosco através de nosso e-mail

onde estamos